Produção industrial cresce no Brasil, de agosto para setembro
Em setembro de 2016, a produção industrial do país subiu 0,5% frente a agosto, na série com ajuste sazonal. A média móvel trimestral recuou (-1,1%). Na série sem ajuste sazonal, no confronto com setembro de 2015, a indústria recuou (-4,8%). Foi a trigésima primeira taxa negativa consecutiva nessa comparação e a menos intensa desde junho de 2015 (-2,6%). Houve recuos no fechamento do terceiro trimestre de 2016 (-5,5%), no acumulado do ano (-7,8%) e no acumulado dos últimos doze meses (-8,8%).
A produção industrial voltou a crescer, mas entre os ramos industriais ainda predominam taxas negativas. A indústria do país está 20,7% abaixo do nível recorde alcançado em junho de 2013. A média móvel trimestral (-1,1%) acelerou o ritmo de perda frente à média de agosto (-0,7%), quando interrompeu uma série de três altas consecutivas: maio (0,7%), junho (0,7%) e julho (0,6%).
Na passagem de agosto para setembro de 2016, somente duas das quatro grandes categorias econômicas e 9 dos 24 ramos pesquisados apontaram expansão na produção. Entre os setores, as principais influências positivas foram registradas por produtos alimentícios (6,4%), indústrias extrativas (2,6%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (4,8%), com o primeiro recuperando parte do recuo de 8,0% verificado em agosto; o segundo eliminando a queda de 1,7% observada no mês anterior; e o último voltando a crescer após acumular perda de 12,0% nos meses de julho e agosto.
Entre os quatorze ramos em queda, os desempenhos de maior relevância vieram de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,1%), de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-2,7%), de produtos de minerais não-metálicos (-5,0%) e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-6,2%). Esta última atividade cresceu 8,3% em agosto, enquanto as demais haviam recuado -1,0%, -2,5% e -5,2%, respectivamente.
Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação a agosto, bens de consumo duráveis (1,9% ) e bens intermediários (1,2%) cresceram, eliminando parte das perdas de agosto: -6,4% e -3,6%, respectivamente. Por outro lado, bens de capital (-5,1%) teve a redução mais acentuada no mês, seu terceiro resultado negativo consecutivo, acumulando no período queda de 8,6%. O setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis (-1,0%) também recuou em setembro de 2016 e acumulou perda de 4,3% em três meses.
Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria apontou queda de 1,1% no trimestre encerrado em setembro de 2016 frente ao nível do mês anterior, acelerando o ritmo de perda frente a agosto (-0,7%), quando interrompeu três meses de resultados positivos consecutivos: maio (0,7%), junho (0,7%) e julho (0,6%).
Entre as categorias econômicas, ainda em relação a agosto, os bens de capital (-2,9%) mostraram o recuo mais intenso. Os setores de bens de consumo semi e não-duráveis (-1,5%), bens de consumo duráveis (-0,4%) e bens intermediários (-0,3%) também caíram.
Fonte: IBGE/Assessoria de imprensa